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1963, 1965, Armando Renganeschi, Campeonato Carioca, Carlinhos, Flávio Costa, Gerson, Madureira, Nelsinho
Na última terça-feira, 16 de maio, o Flamengo se despediu do ex-meio-campista Nelsinho, falecido no Rio de Janeiro aos 85 anos. Um dos nomes de referência dos times de meados dos anos 1960, foi titular nas conquistas dos Cariocas de 1963 e 1965. Era o fiel escudeiro de Carlinhos “Violino” na meia-cancha rubro-negra, tinha a luta e a dedicação em campo como marca registrada, além da inteligência tática que carregou para além do pendurar as chuteiras, construindo uma carreira importante como treinador, ainda que um tanto bissexta.
De Nelsinho, o jogador, costumava-se dizer à época que se tratava do “formiguinha” da equipe, que “não jogava para a torcida, e sim para o time”. Era o meia incansável na marcação, dando o suporte necessário para Carlinhos desfilar seu estilo clássico na armação – algo semelhante com o que fazia, na mesma época, o volante Dudu em relação a Ademir da Guia no Palmeiras. O jogo objetivo, sem floreios, mas sem ser desleal, fez com que Nelsinho se firmasse por muito tempo na Gávea, mesmo enfrentando forte concorrência.
“O público aplaude as grandes jogadas individuais, os lances de embaixadas, de letra, que não são meu forte. Para contrabalançar, o técnico sabe distinguir uma coisa da outra. Essa é minha sorte”, reconhecia o meia em entrevista de 1964 à Revista do Esporte. “A diferença é que jogo simples, sem enfeites. Podendo dar o passe de primeira, não vejo razões para matar a bola no peito, deixá-la, cair no chão, amaciá-la, olhar para os lados, dar uma voltinha. Enfio logo o passe de cabeça, com o que ganharei tempo e o time também”, explicava.
Não se tratava, porém, de um jogador puramente de contenção: apesar da garra e do fôlego que parecia inesgotável, o franzino Nelsinho fugia ao estilo brucutu e tinha qualidades técnicas como o ótimo lançamento e o bom chute de pé direito. Sua força era o dinamismo, a mobilidade, a versatilidade de quem, depois de lapidado no futebol de salão, começou a carreira nos gramados como ponta-direita antes de se fixar no meio. Características que complementavam com perfeição o estilo mais vistoso do amigo Carlinhos no Flamengo.
O INÍCIO SUBURBANO
Carioca nascido em Vaz Lobo no dia 8 de dezembro de 1937 e criado em Madureira, Nélson Rosa Martins vivenciou o jogo desde pequeno, nos terrenos baldios que viravam campos de pelada em seu bairro, batendo bola de tarde até anoitecer. O futebol era o esporte mais praticado, mas ele também jogava vôlei e basquete. Amava o esporte. Paixão que o levou a criar um clube, o Delta, com amigos do bairro, para participar dos famosos festivais desportivos que eram realizados aos domingos pelos subúrbios da cidade do Rio de Janeiro.
Observado por pessoas ligadas ao Madureira, foi levado ao Tricolor Suburbano para disputar os Jogos Infantis, criados por Mario Filho e organizados pelo Jornal dos Sports. Corria o ano de 1952, que marcaria o primeiro encontro com aquele que seria seu grande parceiro no futebol: Luiz Carlos Nunes da Silva, o Carlinhos, que, aos 15 anos de idade, ainda defendia o Botafogo naquela categoria, passando ao Flamengo apenas dois anos depois. Já Nelsinho ainda jogaria basquete e futebol de salão antes de se fixar no futebol de campo.
Dos infantis, passou aos juvenis em 1954. E três anos depois foi puxado ao elenco de profissionais pelo técnico Jorge Vieira. Era um tempo em que o Madureira costumava tirar pontos dos grandes, especialmente em seu alçapão de Conselheiro Galvão, bem como revelar jogadores para clubes maiores. Em 1958, derrotou o Vasco, futuro campeão carioca, por 3 a 1 em jogo disputado na Rua Bariri. No ano seguinte, seria a vez do Flamengo ser batido na Gávea, no dia do aniversário do clube, por 2 a 1. Sempre com Nelsinho em campo.
Ainda em 1959 o Tricolor Suburbano decidiria o Torneio Início, tradicional competição de jogos mais curtos, disputada toda num dia no Maracanã. Após eliminar Portuguesa e Botafogo, o Madureira perderia a final para o Fla na prorrogação. Já no Campeonato Carioca, o time ficaria em sétimo, colocando-se como o melhor dos pequenos e fazendo despontar nomes que atuariam em grandes clubes, como o médio Frazão (Botafogo), o meia Nair (Corinthians), o atacante Azumir (Vasco e Porto) e o ponta Osvaldo (Flamengo e Santos).
Nelsinho também já era observado desde então. Mas o conhecido empresário José da Gama, na época presidente do Madureira, dificultava as negociações. O Corinthians bateu à porta, mas não aceitou os Cr$ 4 milhões pedidos pelo clube. A família também o segurava no Rio: “Antes de ir ao Flamengo, recebi proposta do Palmeiras e fui convidado para fazer teste no Real Madrid. Não saí porque minha família queria que eu continuasse a estudar, além de eu ser muito apegado aos meus familiares”, lembrou Nelsinho em entrevista de 2002.
Por ironia, o Tricolor Suburbano levaria o garoto de Vaz Lobo a dar a volta ao mundo em 1961, na excursão que se tornaria a mais longa de um time brasileiro no exterior: foram 144 dias viajando por Europa, Ásia e Estados Unidos, fazendo 36 jogos – entre eles, os primeiros de uma equipe do Brasil no Japão e em Hong Kong. Aquele, porém, seria seu último ano no clube: indicado por Flávio Costa, ele assinaria com o Flamengo em 23 de fevereiro de 1962 por Cr$ 1,25 milhão, valor considerado módico em vista de seu potencial.
NA GÁVEA, BATALHANDO SEU ESPAÇO
Ao chegar à Gávea, porém, Nelsinho teria de batalhar por seu espaço enfrentando uma jovem dupla titular de meio-campo formada por Carlinhos e Gerson, ambos cotados para integrarem a seleção brasileira que disputaria dali a alguns meses a Copa do Mundo no Chile. Gerson já havia estreado pelo Brasil no ano anterior, inclusive vestindo a camisa 10 no lugar de Pelé na conquista da Taça Bernardo O’Higgins no Chile. E Carlinhos figuraria na lista de 41 jogadores pré-convocados para a Copa preparada pelo técnico Aymoré Moreira.
Gerson, porém, teria um início de temporada acidentado: uma entorse no joelho direito antes do jogo contra o Botafogo pelo Torneio Rio-São Paulo no dia 1º de março abriu espaço para a estreia de Nelsinho, que se destacou na vitória rubro-negra por 3 a 2. Menos de duas semanas depois, num treino na Gávea, a lesão do Canhotinha se agravaria com a ruptura do menisco, tirando-o de ação por vários meses e colocando fim ao seu sonho de disputar sua primeira Copa do Mundo no Chile. No Flamengo, a bola agora estaria com Nelsinho.
Logo depois do Rio-São Paulo, o Flamengo partiria em uma excursão pelo exterior passando por Itália, Tchecoslováquia, Espanha, Suécia, União Soviética, Noruega, Tunísia e Gana. Os jogos serviriam para observar novos contratados e juvenis, além de formar um time para o Campeonato Carioca. Os resultados foram oscilantes, mas Nelsinho se destacaria, merecendo elogios até nas derrotas, a ponto de o diretor de futebol rubro-negro, o sueco Gunnar Goransson, considerá-lo a melhor contratação do clube nos últimos tempos.
Na excursão, Nelsinho marcaria o primeiro de seus 15 gols pelo Flamengo na vitória de 3 a 0 sobre o Stade Tunisien em Túnis no dia 17 de junho. Mas mesmo suas grandes atuações no exterior não lhe garantiriam um lugar no time titular para a grande competição da temporada, o Campeonato Carioca, como ele descobriria na volta ao Brasil: com Gerson recuperado e novamente formando o meio-campo com Carlinhos, Nelsinho só atuaria em três jogos pelo campeonato da Guanabara, incluindo o que decidiria o título em favor do Botafogo.
Se o ano de 1962 terminou de maneira frustrante, Nelsinho teria, em tese, ainda menos espaço no time em 1963, já que o clube contrataria outro meio-campista: Nelson, do Olaria, que chegou à Gávea juntamente com o lateral-direito Murilo. A sorte, porém, viria a sorrir para o ex-Madureira a partir do segundo semestre. Gerson já andava se estranhando com Flávio Costa e os dirigentes desde o ano anterior. E na metade do primeiro turno do Carioca, em setembro, seria afastado de vez do time e logo negociado com o Botafogo.
ENFIM, CAMPEÃO
Nelsinho, que já vinha jogando com a camisa 8 desde a terceira rodada, seguiu no time e foi se firmando ao longo daquela campanha em que o Fla sofreu dois tropeços no primeiro turno perdendo para America e Bangu, mas se reabilitou e passou a correr por fora, esperando a queda dos banguenses, líderes por quase todo o certame, e depois do Fluminense. Quando chegou a rodada decisiva, eram os rubro-negros que só precisavam do empate com os tricolores para levarem a taça, pondo fim a um jejum estadual de oito anos.
No dia 15 de dezembro, diante de um público pagante de 177.020 torcedores, o Fla sustentou com bravura o 0 a 0 que lhe garantia o título e comemorou a conquista ao apito final. Para Nelsinho, era a afirmação: atuara como titular em 19 das 24 partidas da campanha, anotando quatro gols. Curiosamente, havia sido ele o autor do último gol rubro-negro no torneio, o segundo na vitória de 2 a 1 sobre o Olaria na Rua Bariri, uma semana antes, pela penúltima rodada (o outro havia sido de Carlinhos, seu parceiro de meio-campo).
A grande fase se estenderia pelo ano seguinte, durante a excursão do Flamengo pelas Américas na pré-temporada, quando Nelsinho balançou as redes quatro vezes em quatro países diferentes pelo Flamengo: em Talca, no Chile, contra o Rangers local; em Kingston, na Jamaica, diante dos colombianos do Nacional de Medellín; em Guayaquil, no Equador, contra o Emelec; e em Piúra, no Peru, contra o Atlético Grau. Suas atuações mereceriam elogios até do ex-meia Didi, na época dirigindo o Sporting Cristal, também batido pelo Fla.
No Torneio Rio-São Paulo de 1964, a grande vitória do Fla com Nelsinho em campo veio na virada sobre o Santos de Pelé por 3 a 2, num Maracanã de portões abertos num feriado de 1º de maio. No meio do ano, em outra excursão – agora passando pela África e Oriente Médio antes de chegar à Europa – ele participaria da conquista do prestigioso Troféu Naranja, após vencer por 3 a 1 o anfitrião Valencia. Já na volta ao Brasil, no Carioca, ele seria responsável involuntário por um lance que marcaria a história do Maracanã.
Flamengo e Vasco empatavam em 1 a 1 na noite de quinta-feira, 27 de agosto, pela nona rodada do Carioca quando, num dos primeiros lances após a volta do intervalo, Nelsinho chutou fraco e de modo despretensioso na direção do gol vascaíno. O goleiro Marcelo, no entanto, aceitou, e a bola tomou o rumo das redes, para sua agonia. Vaiado pelas duas torcidas, Marcelo não aguentou e pediu para ser substituído. Mas ao perceber o drama do arqueiro, o Maracanã inteiro – as duas torcidas juntas – passou da vaia ao aplauso solidário.
O gesto da multidão não demoveu o goleiro – que acabou substituído na derrota vascaína por 2 a 1 e logo decidiria encerraria a carreira por conta daquele frango – mas entrou para o anedotário do estádio. Dez dias depois, no jogo seguinte do Flamengo, Nelsinho voltaria a balançar as redes numa ocasião especial: a vitória por 3 a 1 diante de seu ex-clube, o Madureira, no estádio em que ele se criara como jogador, em Conselheiro Galvão. Da intermediária, o camisa 8 acertou um chute poderoso e de pé esquerdo no ângulo do goleiro Jonas.
A FRATURA E O SEGUNDO TÍTULO
Aquela seria a temporada em que Nelsinho mais vezes entraria em campo (54 jogos) e balançaria as redes (seis gols) pelo Flamengo. Mas, por triste ironia, terminaria mais cedo para ele devido a um incidente ocorrido na partida contra o Ceará em Fortaleza pelas semifinais da Taça Brasil. Num choque com o meia Lucena aos 44 minutos de jogo, ele fraturou a tíbia e o perônio (hoje chamado de fíbula), ficando afastado por vários meses. Para piorar, no trajeto do hotel até o aeroporto, a ambulância que o levava foi abalroada por outro veículo.
O prazo previsto para sua recuperação era de 90 dias, mas o agravamento da fratura estendeu o período de inatividade: Nelsinho ficou quase dez meses de fora, voltando a campo só em 29 de agosto de 1965, na vitória sobre o Betis por 3 a 0 pelo Troféu Ramón de Carranza, na Espanha. E quando retornou, o Fla já era outro: o técnico Flávio Costa deixara o cargo após três anos e meio ao aceitar proposta do Porto, e o argentino Armando Renganeschi era agora o comandante. Além disso, outro concorrente de posição despontava na Gávea.
Era o meia-armador niteroiense Fefeu, revelado pelo Canto do Rio e contratado pelo Flamengo no início de 1964, mas que só ganhou espaço com a lesão de Nelsinho e a venda de Nelson para o futebol mexicano, no início da temporada seguinte. Talentoso, bom batedor de faltas e pênaltis e até convocado para a seleção brasileira em junho, Fefeu manteria disputa acirrada por um lugar ao lado de Carlinhos no meio-campo rubro-negro durante o Carioca de 1965 – ainda que ele e Nelsinho tenham chegado a atuar juntos de início.
Com uma campanha sólida e de grande regularidade, o Flamengo conquistaria o enxuto Carioca de 1965, que teve apenas oito clubes se enfrentando em turno e returno, e levaria o prestigioso título de campeão do IV Centenário de fundação da cidade do Rio de Janeiro. O caneco veio de véspera: na penúltima rodada, o time venceu o Fla-Flu por 2 a 1 e ficou precisando de um tropeço do Bangu, que veio no sábado seguinte diante dos tricolores (1 a 0). No domingo, os rubro-negros já entraram em campo de faixas contra o Botafogo.
Nelsinho atuaria em nove dos 14 jogos, contra sete de Fefeu – embora seu concorrente na posição tenha se sagrado o vice-artilheiro do time, com seis gols, só um a menos que Silva, o goleador da campanha. Mas Fefeu não duraria na Gávea: desentendeu-se seriamente com Renganeschi após ficar de fora do jogo com o Botafogo e acabou negociado com o São Paulo após a virada do ano. Nelsinho agora teria caminho livre para se colocar como titular indiscutível. Mas a temporada de 1966 não seria feliz nem para ele, nem para o clube.
O COMEÇO DO DECLÍNIO
Nos três certames oficiais da temporada (Torneio Rio-São Paulo, Taça Guanabara e Campeonato Carioca), Nelsinho ficaria de fora do time titular em apenas oito das 33 partidas do Flamengo. Mas o desfecho do ano viria com a controvertida decisão do estadual contra o Bangu, jogo marcante também para o meia. Aos alvirrubros, líderes do certame, bastava o empate. Mas os rubro-negros ainda estavam invictos na competição e já haviam derrotado o adversário no primeiro turno por 2 a 1. Seria uma partida quente desde o pontapé inicial.
Renganeschi havia arriscado ao escalar o ponta Carlos Alberto, um dos jogadores mais habilidosos do Fla, sem estar fisicamente bem. E ficaria sem ele antes dos cinco minutos quando uma entrada violenta do lateral banguense Ari Clemente tirou de vez o atacante de ação. Depois seria a vez de Nelsinho ser atingido por volta dos 20 minutos e sofrer uma entorse no joelho direito que lhe deixaria mancando até o fim. Antes da metade do primeiro tempo, o Fla ficava com apenas nove jogadores em condições de jogo contra os 11 do Bangu.
Rapidamente, os alvirrubros se aproveitaram da vantagem numérica para marcar com Ocimar aos 23 e Aladim aos 26 – o primeiro gol, em falha do goleiro Valdomiro, também levantava suspeitas sobre o arqueiro, sobre quem pairavam acusações de ter se vendido. E no início da etapa final, viria o terceiro gol, marcado por Paulo Borges. E lá pela metade do segundo tempo, um tapa de Ladeira no lateral rubro-negro Paulo Henrique seria a gota d’água para Almir Pernambuquinho dar início à briga generalizada que poria fim à partida.
As dores persistentes após a entorse sofrida contra o Bangu levariam Nelsinho à mesa de cirurgia no fim de janeiro de 1967, tendo de operar os ligamentos do joelho direito. A recuperação seria lenta devido à atrofia muscular após a operação, e ele só voltaria a campo em 20 de maio, durante a excursão europeia do meio do ano, ficando fora de toda a (fraca) campanha no Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Seria uma temporada complicada, marcada por problemas físicos num Flamengo em fase de transição e colhendo péssimos resultados.
Com muitos problemas, Nelsinho atuaria só 19 vezes naquele ano. No primeiro semestre, o veterano Américo Murolo (ex-Guarani, Palmeiras e com passagem pelo futebol italiano) foi trazido para preencher temporariamente a lacuna no meio-campo. A partir de meados da temporada, o Fla contaria no setor com nomes que se firmariam mais adiante, na transição geracional, como o paraguaio Reyes, comprado do Atlético de Madrid, e o polivalente Rodrigues Neto, que despontava na base. Mas 1967 seria um ano ruim no clube.
A DISCRETA RETIRADA
Com 30 anos de idade completados em 8 de dezembro daquele ano, Nelsinho cada vez mais fazia parte do passado do Flamengo. Após aquela data, só entraria em campo mais duas vezes, já na temporada 1968, quando se retiraria de vez dos gramados, passando a auxiliar o técnico Modesto Bria nos juvenis. Enquanto isso, no início daquele mesmo ano, chegaria ao clube vindo do interior paulista o jogador que se tornaria o legítimo sucessor de Nelsinho no time, por ter o mesmo estilo de jogo: Liminha, logo apelidado o “Motorzinho da Gávea”.
Nelsinho se aposentava tendo atuado 198 vezes (e anotado 15 gols) vestindo o Manto Sagrado. Em 118 desses jogos, formou dupla de meia-cancha com Carlinhos – que, por sua vez, jogaria sua última partida pelo Flamengo em novembro do ano seguinte, demarcando o fim de uma era. Em seguida, iniciaria no Madureira uma carreira de treinador que lhe renderia conquistas importantes pelos rivais e passagens pela seleção brasileira de base e principal (como assistente), além de bons trabalhos em outros estados e no Oriente Médio.
No Flamengo, ele chegou a ser cogitado como treinador em algumas ocasiões, mas não voltaria a trabalhar, fosse por ter sido preterido por outros nomes ou por ter declinado dos convites (como em agosto de 1981, quando foi procurado pelo clube para assumir o lugar de Dino Sani, mas não aceitou por já ter fechado um contrato para trabalhar no Catar). De todo modo, já tinha inscrito seu nome na história do rubro-negra como o motor do time que, mesmo em tempos difíceis, levantou dois marcantes títulos cariocas.